sábado, abril 30, 2005

A MÃO DE...DEUS 

O Benfica conseguiu uma suada vit�ria sobre o rival Belenenses
Fonte: Reuters

O Benfica está cada vez mais próximo de atingir a meta em primeiro lugar. Hoje, num jogo praticamente de sentido único, os encarnados ganharam por 1-0 através da conversão de uma grande penalidade, por pretensa mão do defesa direito azul, Amaral.

Desde o início que o Benfica pegou as rédeas do jogo, acercando-se com perigo da área do Belenenses, que foi durante a primeira parte uma equipa encolhida e com dificuldade em fazer uma jogada com mais de 2 toques. Nesse período, Marco Aurélio rubricou um par de defesas de elevada dificuldade, parecendo que o golo do Benfica surgiria mais minuto menos minuto. Realce ainda para uma jogada em que Sousa cabeceia a bola na linha de baliza, evitando aquele que seria o primeiro golo da partida.

No segundo tempo, o cariz do jogo não se alterou, mas o Benfica entrou a jogar de uma forma mais atabalhoada - apesar de Petit ter feito estremecer a barra da baliza azul logo aos 49' -, enquanto o Belenenses procurava estender-se no terreno, mas tanto Paulo Sérgio como Antchouet - principalmente este - eram incapazes de incomodar verdadeiramente a defensiva encarnada.

Aos 68', e já com Mantorras e Karadas em campo, surge o momento da partida e que vai ser motivo de conversa durante toda a semana. Na sequência de um pontapé de canto, a bola ressalta para a entrada da área, onde Ricardo Rocha enche o pé, indo a bola embater em Amaral, batendo-lhe primeiro no joelho e ressaltando para o seu braço direito, que acompanhava o movimento do corpo do defesa. Mário Mendes ainda denota uma leve hesitação, mas depois decide-se pela marcação de grande penalidade, perante os veementes protestos da equipa visitante. Simão não desperdiça a oportunidade, e marca aquele que viria a ser o único tento da partida.

Até final, o Belenenses ainda tentou correr atrás do prejuízo, mas só mesmo Paulo Sérgio foi capaz de criar perigo, com um remate de fora da área a que Quim se opôs com dificuldade - na recarga Lourenço reclama uma grande penalidade, quanto a mim, inexistente -, enquanto o Benfica procurava controlar a partida e tentando aproveitar o natural adiantamento da equipa da Cruz de Cristo.

No final, o que conta são as bolas que entram e que valem pontos. Neste caso, são mais 3 pontos da equipa de Trapattoni que vê o sonho de chegar ao ambicionado ceptro de campeão a míseras três jornadas...ou talvez não.


sexta-feira, abril 29, 2005

TOTONEGÓCIO 

Ao que parece, e ao contrário do apregoado por Bagão Félix, os clubes viram ser adiado até 2010 o período para o pagamento das dívidas fiscais. Gosto de futebol desde pequeno, mas acima de tudo, gosto de justiça porque também eu cumpro com as obrigações fiscais, por isso só me apetece dizer: Não cumpriram, têm de pagar, doa o que doer!
De uma vez por todas, as ligações perigosas entre Estado e clubes de futebol têm de terminar...

VERMELHÃO 

O Benfica - aqui inclui-se todo o grupo empresarial encarnado - tem um passivo acumulado de 324,4 milhões de euros. Mesmo sabendo que este valor tem de ser analisado juntamente com os activos, dá que pensar.

PS: afinal já não há 6 milhões de benfiquistas. De acordo com o estudo que o clube mandou efectuar, já são só 5 milhões...

UFF!! 

Pinilla festeja o seu fantástico golo junto dos adeptos leoninos
Bem podem os adeptos sportinguistas agradecer ao mal-amado Pinilla a suada vitória que conseguriam sobre os holandeses do AZ Alkmaar, que selou o triunfo por 2-1 com um golo de se lhe tirar o chapéu - uma bomba a uns bons 30 metros da baliza adversária.

Num jogo perante uma equipa muito organizada defensivamente e a partir sempre com perigo para o contra-ataque, o Sporting teve sérias dificuldades em assentar o seu jogo. Os holandeses chegaram primeiro ao golo, à passagem dos 35', mas um minuto depois Douala empata a partida, o que foi bastante importante para não intranquilizar a equipa leonina.

No segundo tempo, foram os holandeses que começaram melhor, tendo inclusivamente perdido três oportunidades claras nos primeiros minutos da etapa complementar. O Sporting, por sua vez, continuava a praticar um futebol confuso, e sem criar chances de golo. A 10 minutos do fim, Pinilla - que tinha entrado a substituir o lesionado Rogério - resolve a partida com um remate indefensável para o guarda-redes holandês. Estava consumada a vitória leonina, que poderia ter chegado ao terceiro golo, quando o mesmo Pinilla faz o mais difícil, falhando um golo na cara do guarda-redes.

Faltam 90 minutos para o Sporting cumprir o sonho de jogar a final da UEFA no seu estádio, mas o AZ Alkmaar já demonstrou que não é uma equipa fraca. A jogar em casa na 2ª mão, os holandeses poderão e deverão criar sérios problemas aos leões.


quinta-feira, abril 28, 2005

JÁ ESTÃO NA FINAL? 

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Tal como todos os portugueses, também espero que o Sporting atinja a final da UEFA, ainda para mais quando a mesma é realizada no Alvalade XXI, mas a emissão da RTP cheira a festa antecipada, numa altura em que o Sporting vai apenas jogar a 1ª mão da meia-final da competição.

Cautela e caldos de galinha...


quarta-feira, abril 27, 2005

GABA-TE CESTO 

Co Adriaanse, treinador do AZ Alkmaar



"Além do FC Porto há mais 20 ou 30 equipas europeias interessadas nos meus serviços. Se for contratado pelo FC Porto deverá ser o clube a anunciar e não eu". Declarações de Co Adriaanse, treinador do AZ, à chegada a Portugal.


terça-feira, abril 26, 2005

O HÉLIO DAS BOTAS 

Já não bastava a confusão gerada em torno da realização do jogo e dos factos ocorridos durante o mesmo, agora junta-se outra questão de importância extrema para a discussão: as botas do árbitro.
Ao que parece, o pobre juíz esqueceu-se de levar um par de botas de substituição, e as que ia utilizar na partida descolaram-se. Como é proibido apitar descalço, lembrou-se ele de pedir ajuda ao Estoril, mas estes por estarem a jogar longe da Amoreira, não podiam emprestar nenhumas. O Benfica, que curiosamente também jogava fora de casa, lá conseguiu fazer um esforço e emprestou umas chuteiras ao árbitro do encontro.
Moral da história do ponto de vista estorilista: o rapaz, como que agradecendo a amabilidade do clube "visitante", resolveu ser engolido pela onda vermelha e toca de marcar tudo o que havia e não havia contra o Estoril, indo ao ponto de usar o vermelho para expulsar 2 jogadores canarinhos.
Moral da história do ponto de vista benfiquista: os estorilistas, principalmente o seu adjunto Carlos Xavier, deviam era estar calados, porque o árbitro não teve influência no resultado, e até foi bastante permissivo para com a agressividade do clube da linha.
Moral da história do ponto de vista BnA: tudo isto é um fait-divers de muito mau cheiro, porque o juíz fez uma arbitragem sofrível e não foi por causa das botas...

E NA GRONELÂNDIA, PODE SER? 

Depois do jogo no Algarve entre Estoril e Benfica, António Oliveira, presidente do Penafiel, pondera a hipótese da sua equipa jogar contra os encarnados em Paris, caso os regulamentos actuais o permitam.
Bem sei que já há alguns anos, certos clubes jogam em "casa emprestada", mas esta história de levar os jogos para locais que distam dezenas e dezenas de quilómetros da "sede" dos clubes, já roça o exagero. E não há receita que justifique tal decisão.
Ninguém põe cobro a isto?

I'M BACK 

Após o processo do Apito Dourado que recai sobre si ter caducado, o Major está de regresso à Liga de Clubes. Sem mais comentários...

AVEIRO GROUP 

O Beira-Mar tem praticamente o destino traçado, após a derrota caseira frente ao FC Porto e será uma boa altura para Mano Nunes pensar de que serviu a aliança com a obscura empresa Stellar Group.
Uma pré-época confusa, com muitas entradas e saídas de jogadores e um treinador inglês (Mick Wadsworth) com um currículo fraco e totalmente desconhecedor do futebol português, não auguravam nada de bom.
A época iniciou-se titubeante, e o inglês saiu ao fim de pouco tempo - por acaso tinham acabado de ganhar 2 jogos seguidos - entrando para o seu lugar Manuel Cajuda, que também rescindiu contrato em meados de Dezembro, deixando no ar a ideia de que o seu trabalho foi boicotado por interesses superiores à equipa aveirense. Luis Campos seguiu na lista de treinadores, mas o seu feitio sui generis não deu resultados satisfatórios, entrando agora Augusto Inácio para o operar o que seria um autêntico milagre.
Uma trapalhada de época e uma ligação a um grupo estrangeiro que não se entende exactamente quais os benefícios que trouxe, são os resultados de um clube com um euro-estádio a caminho da II Liga.

segunda-feira, abril 25, 2005

DINHEIRO PUXA DINHEIRO 

A nova camisola com que a equipa de Mourinho vai atacar a próxima temporada
O Chelsea acaba de assinar um contrato milionário com a empresa sul-coreana Samsung. São apenas 73,3 milhões de euros para as próximas 5 épocas. A loucura em redor da equipa londrina não termina e muitas eram as empresas interessadas em ter o seu nome inscrito nas camisolas dos Blues.


BRAGA DERRAPA EM PENAFIEL 

E aí está mais um candidato ao título que perdeu pontos nesta jornada. Na deslocação a Penafiel, o Braga foi derrotado por 1-0 e vê o Benfica ficar a 4 pontos de distância.
Num jogo agradável, o Braga tentou desde o início controlar as operações, perante um Penafiel que se mostrou uma equipa muito compacta, fechando bem os caminhos da sua baliza e partindo, sempre que possível, para o contra-ataque.
Durante a primeira parte, a equipa bracarense desperdiçou duas oportunidades claríssimas de golo, ambas por João Tomás, sendo que a segunda delas deve entrar directamente para o topo da lista dos falhanços da época. O avançado, sem ninguém na baliza e a cerca de 2 metros da linha de golo, consegue acertas nas orelhas da bola, e atirá-la ao lado.
No segundo tempo, o Braga continuo a ser a equipa mais ofensiva, mas o futebol já não saía tão fluído, muito por culpa da equipa penafidelense, que continuava a manietar as manobras do meio campo arsenalista - onde a ausência de João Alves foi evidente -. No entanto, mais uma vez, os visitantes dispuseram de oportunidades flagrantes, como uma em que Cândido Costa - excelente exibição - só com o guarda-redes Nuno Santos pela frente, remata ao lado. A 15 minutos do fim, na sequência de um pontapé de canto, N'Doye cabeceia mais alto que a defensiva bracarense, marcando o golo que deu os três pontos aos comandados de Luís Castro.
Até final da partida, o Braga procurou chegar ao empate, mas sem sucesso, ficando agora o sonho do título mais longe.

PORTO VENCE NA RIA 

Quaresma resolveu manter o sonho de revalidação do título de campeão, ao marcar o golo da vitória no último minuto, num jogo em que tanto Beira-Mar como FC Porto criaram situações suficientes para decidirem a partida a seu favor.

De facto, assistiu-se a uma excelente partida de futebol em Aveiro, com ambas as equipas a necessitarem de vencer para manterem intactas as suas aspirações - a manutenção no caso dos aveirenses; o título no caso dos portistas - e foi por isso que a primeira parte foi jogada sempre ao ataque, mas sem que as redes das balizas balançassem.

A segunda parte continuou igual, com oportunidades flagrantes para ambos os lados, mas com maior perigo para a equipa da casa, que viu Vitor Baia rubricar um conjunto de óptimas intervenções, evitando o golo inaugural da partida. Golo esse que só viria a surgir, e para a equipa visitante, no último minuto do tempo regulamentar, quando Ricardo Quaresma, no lado direito da grande área, remata de "trivela" fazendo o golo da vitória, e praticamente condenando a equipa de Aveiro à despromoção.

Duarte Gomes fez uma arbitragem mediana, que ficou manchada por uma grande penalidade cometida sobre Diego aos 60', e que ficou por assinalar - inclusivamente, o médio brasileiro foi admoestado pelo árbitro, pois este considerou ter havido simulação.

VITÓRIA DO VERMELHO 

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Num jogo estranho, e com o Estádio do Algarve lotado, o Benfica venceu o Estoril por 2-1 e está apenas a 360 minutos do título nacional.

Desde o início foi o Benfica que comandou as operações, mas à passagem do primeiro quarto de hora, o Estoril chega inesperadamente à vantagem por intermédio de Paulo Sousa, com a ajuda involuntária de Ricardo Rocha, que enganou Moreira - Trapattoni voltou a surpreender ao colocá-lo no 11 inicial. A partir daí, o Benfica continou a tentar acercar-se da baliza de Jorge Silva, cerco esse que aumentou aos 25 minutos, quando Rui Duarte foi expulso por acumulação de amarelos - a equipa canarinha desde o início adaptou uma postura agressiva na disputa da bola, e Rui Duarte pagou por isso. O técnico benfiquista não esperou muito tempo e lançou Mantorras no lugar de Nuno Assis que, mais uma vez esteve ausente, alargando a frente de ataque e obrigando o Estoril a jogar cada vez mais próximo da sua baliza, onde Jorge Baptista ia adiando o que parecia inevitável.

Na segunda parte, a história do jogo manteve-se, com o Benfica a tentar por todos os meios chegar ao empate, mas os processos utilizados eram ineficazes, ora porque a equipa não pensava o jogo, ora porque os jogadores canarinhos iam chegando para as encomendas. Até que a 15 minutos do final, na sequência de um livre, Luisão cabeceia parao golo da igualdade - aproveitando um chega para lá de Nuno Gomes sobre o defesa estorilista que o marcava - acabando com o sofrimento de quase 30 mil adeptos presentes no estádio.

Logo a seguir ao golo, João Paulo - que havia entrado no 2º tempo - vê o cartão vermelho directo, supostamente por bocas, obrigando ainda mais a sua equipa a recuar e promovendo o empolgamento dos encarnados. E foi assim que aos 82 minutos, e novamente na sequência de um lance de bola parada, que o Benfica marcou o golo da vitória, por intermédio do inevitável Pedro Mantorras, que nos últimos jogos tem sido uma autêntica pérola negra.

Até final, o Estoril pouco mais conseguiu fazer do que tentar passar a linha do meio campo, enquanto o Benfica controlava a partida a seu bel-prazer, e saboreando desde logo os 3 pontos da vitória que lhe conferiam a liderança da Superliga.

A arbitragem foi extremamente contestada pela equipa técnica estorilista, e a verdade é que Hélio Santos teve uma noite complicada. O jogo agressivo da equipa da "casa" não ajudou ao ajuizar correcto de alguns lances, mostrando cartões em jogadas duvidosas e deixando passar outras sem admoestação. Nesse capítulo, errou para ambos os lados, sendo que nas expulsão de Rui Duarte pouco mais poderia fazer, pois este fez 2 faltas merecedoras de cartão. Em termos de lances duvidosos, o Estoril tem razões de queixa, uma vez que na 1ª parte Ricardo Rocha agarra Moses dentro da grande área, havendo motivo para a marcação de uma grande penalidade, e numa altura em que os canarinhos venciam e já jogavam com menos 1 jogador.


domingo, abril 24, 2005

A ZERO 

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Fonte: Reuters

"Se o Sporting não for capaz de ganhar os jogos, não merece ser campeão". Dias da Cunha assim o disse, e nesta altura, Peseiro bem pode estar a pensar se foi o Presidente que lançou a maldição sobre o jogo com a Académica, apesar do Sporting estar temporariamente no 1º lugar.

Já em tempos escrevi que o problema do Sporting não está na qualidade do seu jogo, mas sim na regularidade. Pois bem, o jogo com a Briosa provou que a regularidade do Sporting é exactamente a falta dela, pois é capaz do bom e do sofrível.

A 5 dias de um importantíssimo jogo europeu, e com fortes possibilidades de se isolar na liderança da Superliga, o Sporting foi uma equipa que teve o domínio do jogo, mas que foi incapaz de assentar ideias e de criar soluções que contrariassem a lição defensiva dos estudantes. E quando tal aconteceu, os leões estiveram simplesmente perdulários, com destaque para Pinilla e Liedson, que falharam oportunidades de golo flagrantes.

Após este empate, a equipa de Peseiro pode ter dado mais umas vitaminas para o rival Benfica, que defronta o Estoril e que pode aumentar novamente a sua vantagem para 3 pontos, quando faltam apenas 4 jornadas para o final.


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