sábado, junho 04, 2005

OS MARTU(I)NIS DOS BARÕES 

Bebiam uns copos, enquanto viam as imagens do tsunami que varreu o sudeste asiático. No meio dos escombros, é resgatada uma jovem criança envergando uma camisola (não oficial) da selecção portuguesa. Pousaram os copos, e lembraram-se como a imagem vende num mundo onde as pessoas cada vez estão mais distantes umas das outras. Ajuda-se na compra de casa para a criança e respectivo agregado familiar, e convida-se para estar em Portugal. Oferecem-se uns regalos e tiram-se umas fotos, com a agradável companhia do barão da FIFA, enquanto a jovem criança sorri, apesar de não perceber patavina do que se passa à sua volta. Está cumprida a boa acção e o copo volta a ser levantado e saboreia-se o seu conteúdo...

E VENHA A ESTÓNIA! 

Cristiano Ronaldo remata para o 2º golo português
A Selecção Nacional deu hoje um passo de gigante rumo ao Mundial 2006, após vencer a Eslováquia por 2-0, no jogo que marcou o regresso de Figo à equipa das quinas.
Foi um bom jogo aquele que se assistiu na Luz, com a selecção a mostrar um futebol bastante agradável, resolvendo a partida durante os primeiros 45 minutos, com golos de Fernando Meira e Cristiano Ronaldo, limitando-se a gerir o resultado durante a segunda metade da contenda.
A defesa totalmente remodelada deu boa conta do recado, e o meio campo português mostrou-se em grande estilo, com o sempre pendular Deco a parecer que ainda agora iniciou a época, e com Figo a regressar com uma exibição agradável. o madeirense Ronaldo está um jogador cada vez mais completo, e aos 20 anos de idade pode acreditar que o futuro, para ele, não tem limites.
A Estónia é o adversário que se segue. Mais acessível que a Eslováquia e que, apesar de jogar perante o seu público, está obviamente ao nosso alcance. Mas não esqueçamos a lição do Liechtenstein...

sexta-feira, junho 03, 2005

ZÉ ANTÓNIO 

As palavras faltam-me para falar do Zé António, um histórico do Belenenses. Não me esquecerei da alegria que me invadiu quando em 1989 o vi erguer a Taça de Portugal, perante milhares de “pastéis” eufóricos, no último grande momento do Belém. Morreu ontem a fazer o que mais gostava: jogar futebol, porque era algo para o qual ele sempre teve jeito, e logo numa semana em que tinha recebido a notícia de que o clube tinha dispensado os seus serviços.
Recordar-me-ei sempre da sua classe e da capacidade de liderança que tinha no centro da defesa azul. Mesmo na passagem para técnico adjunto, no tempo de Henri Depireux, teve a lucidez necessária para entender que provavelmente o seu tempo de profissional passara, e durante os anos que se seguiram, defendeu as cores do clube do Restelo, seja nas funções de treinador, seja nas de secretário técnico, sofrendo junto aos acessos ao relvado com as emoções dos jogos do seu Belenenses.
Era e É um dos históricos do clube da Cruz da Cristo e ficará na memória de todos aqueles que sofrem pelo Belenenses. Até sempre, grande Zé!

quarta-feira, junho 01, 2005

ALÔ? É DA PJ? 

Tenham medo, mt medo! A PJ está a investigar os acontecimentos que rodearam (e não só) o jogo entre Estoril e Benfica, no Estádio do Algarve. Existiram muitas coisas que não cheiraram bem, mas já vão tarde...

terça-feira, maio 31, 2005

QUO VADIS FARENSE? 

Que o futebol algarvio anda arredado dos grandes palcos, não é novidade, mas custa ver a situação do histórico Farense. Ainda há 10 anos competia nas provas europeias, e no fim de semana nem a vitória em Santiago do Cacém impediu a sua despromoção aos Distritais(!). Ainda poderás descer mais baixo, Farense?

PS: e o Portimonense, vai jogar para a Praia da Rocha, agora que vai ficar sem estádio?

TROQUE LÁ ISSO POR MIÚDOS 

(só para desanuviar): "O Benfica foi campeão dentro das quatro linhas...e fora delas". Luis Filipe Vieira dixit.

UMA QUESTÃO DE MEIO DE COMUNICAÇÃO 

Nova polémica no futebol português. Nuno Gomes e Miguel foram dispensados da Selecção Nacional através de SMS, porque as novas tecnologias servem mesmo é para acelerar processos, e os jogadores estavam na Hungria. Mas ao que parece, o Benfica até recebeu um fax, de acordo com o habitual procedimento da FPF, assinalando no mesmo que os jogadores foram dispensados por motivos de ordem física. No entanto, Henrique Jones, médico da selecção, já veio afirmar que os jogadores em causa não têm qualquer lesão.
Ainda faltam 4 dias para o jogo. Há tempo para mais umas larachas...

TRAP DE VOLTA A ITÁLIA 

Confirma-se o que há muito se suspeitava. Trapattonin acabou o seu pequeno ciclo na Luz, e abre as portas ao regresso de Camacho, o ídolo da multidão encarnada. Um título "oferecido" ao Benfica é a herança do italiano, alicerçado num futebol pouco atraente mas suficientemente eficaz para garantir o regresso do clube às grandes conquistas, com a ajuda de um plantel espremido até ao tutano.
Mais do que o professor, como diria o central André Luiz, Trap foi um cozinheiro, pela capacidade que teve em tirar o máximo aproveitamento de um onze-base e mais 2 ou 3 elementos que esporadicamente entravam na equipa.
A dupla V&V ganhou a aposta num treinador que a meio da época já levava com lenços brancos, e que até conseguiu a proeza de ser apupado apenas uma semana depois de ter conquistado o título nacional.

domingo, maio 29, 2005

E A TAÇA É DO SETÚBAL 

O momento em que Hélio e restantes colegas erguem a Taça
O grande Vitória está de volta. Hoje ganhou a final da Taça de Portugal ao campeão Benfica por 2-1, num jogo em que a justiça ficou expressa no resultado do encontro.
Ao contrário do que se esperaria, foram os sadinos que pegaram no jogo. No entanto, logo aos 3' o Benfica chega ao golo através da marcação de uma grande penalidade. Após um rápido contra-ataque, Geovanni fica perante Moretto e é carregado(?) dentro da área de rigor.
Se pensaram que o Setúbal ia abanar com este golo, puro engano. Os sadinos mantiveram a serenidade e controlavam a partida perante uma equipa benfiquista abúlica e totalmente alheada do jogo - como que anestesiada pela conquista do campeonato. Aos 25' chega o justo prémio da igualdade, por intermédio de Manuel José, que contou ainda com a ajuda involuntária de Ricardo Rocha.
Até ao intervalo continuou a ser o conjunto do Sado a equipa mais compacta e mais eficaz no encontro, apesar dos encarnados terem disposto de duas claras oportunidades no dealbar da primeira parte.
A segunda parte foi mais fraca em todos os aspectos. O Benfica, naturalmente, procurou pegar no jogo, enquanto o Setúbal tornou-se mais defensivo, preparando jogar na contra-ofensiva. Como consequência, tivemos um jogo pastoso, muito jogado no meio do terreno e com poucas oportunidades, até que chegamos ao minuto 72.
Meyong marcou o golo decisivo
Ricardo Chaves aproveita o espaço concedido pela defensiva benfiquista na zona central, e remata forte para defesa incompleta de Moreira, aparecendo Meyong que, com a serenidade necessária, coloca a bola no fundo das redes, culminando a reviravolta no marcador.
Os milhares de setubalenses rejubilavam de alegria, enquanto os adeptos benfiquistas, incrédulos pela passividade dos seus jogadores, não queriam acreditar que a dobradinha lhes iria escapar.
Trapattoni ainda colocou Delibasic e Mantorras, mas nem o sérvio nem o angolano conseguiram trazer a eficácia que faltou durante todo o encontro ao conjunto encarnado.
O final da partida chegou, e com ele todos os sadinos exteriorizaram as emoções que o regresso aos grandes feitos pode trazer. 38 anos depois, o Vitória de Setúbal voltou a conquistar a Taça de Portugal, brilhantemente erguida pelo capitão Hélio, que merece terminar a sua longa carreira com este prémio.

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